Por: Samuel Gonçalves da Silva
O que é qualidade?
Segundo o Aurélio qualidade é um tributo que designa uma característica boa de algo ou de alguém; virtude ou dom. Traço distintivo; aquilo que diferencia (algo ou alguém) dos demais.
A partir das definições acima é possível perceber que a qualidade trata da percepção dos indivíduos de algo positivo ou com características superiores.
A percepção pode ser extremamente subjetiva e esse é o fator que torna, muitas vezes, a demonstração da qualidade difícil!
Deming é considerado o “pai da qualidade”, e seus pensamentos são voltados às questões estatísticas e métodos administrativos. Para ele o atendimento da qualidade é balizada pelas dimensões das necessidades atuais e futuras dos clientes.
Para Juran a qualidade é “o conjunto de atividades através das quais atingimos a adequação ao uso, não importando em que parte da organização estas atividades são executadas”. Basicamente ele trata a adequação ao uso e a eliminação de falhas.
Ambos enfatizam em suas teorias que as pessoas são elementos de suma importância no processo, pois é a partir do treinamento e desenvolvimento das pessoas que o ciclo de qualidade é composto.
A qualidade está relacionada aos cuidados com os processos, com o pensamento de melhoria contínua, a eterna insatisfação do ser humano e vontade de fazer melhor. Uma dose de inovação e criatividade podem contribuir também para o estabelecimento da qualidade dentro das organizações.
As ferramentas da qualidade
Todas as pessoas e empresas buscam qualidade – colaboradores de qualidade, fornecedores de qualidade, matéria-prima de qualidade, processos de qualidade – para melhor atender seus clientes internos e externos. Mas de que forma se pode atingir essa qualidade?
A qualificação das pessoas e o desenvolvimento contínuo representam um grande diferencial, pois são os colaboradores que utilizam as ferramentas de qualidade. Dentro da área de qualidade é muito comum se falar nas “sete ferramentas de qualidade”. São elas:
- Fluxograma: desenha de forma clara o caminho pelos quais cada processo passa e respeita regras específicas para seu desenho.
- Diagrama de Ishikawa: também conhecido como espinha de peixe, auxilia na identificação das causas de um problema e seus efeitos. Utiliza o método dos 6 M’s (método, máquina, matéria-prima, mão-de-obra, medida e meio ambiente).
- Folhas de verificação: uma espécie de check list que permite a certificação de que os processos necessários foram realizados.
- Diagrama de Pareto: trata-se de um gráfico que demonstra de forma decrescente das causas dos problemas e foca na relação 80/20, pois para Pareto 80 das consequências existem por 20% das causas.
- Histograma: avalia o padrão de repetições de um evento dentro de um determinado período comparado a outros períodos.
- Diagrama de Dispersão: utiliza duas variáveis para avaliar o impacto de uma na outra, mostra os impactos que ocorrem em uma variável caso a outra seja modificada.
- Controle Estatístico de Processo (CEP): trabalha com conceito estatístico que determina tendências dentro de um período observado e, a partir daí, cria um limite superior (tolerância máxima de variação), um limite inferior (tolerância mínima de variação) e uma linha média (limite central).
Além das ferramentas citadas anteriormente ainda existem outras que podem utilizadas de forma “casada” no processo. O importante é compreender o papel de cada uma delas e isso só é possível com muito estudo.
O 5W2H, Gráfico de Gantt, PDCA são ferramentas de planejamento que podem e devem ser associadas às ferramentas de qualidade.
Esse é apenas um apanhado simples sobre qualidade, porém, o conhecimento a ser buscado é muito mais profundo e muitas outras técnicas podem ser avaliadas e implementadas pela sua organização.